Oi! Queria começar me desculpando por ter ficado ausente por tanto tempo, prometo não fazer mais isso, verdade... Bem, talvez de vez em quando, mas sei que vocês são compreensivos e que não vão me odiar, espero.
E como sinal de arrependimento e muitas desculpas: inauguro aqui o primeiro capitulo da história da vida de meu alter ego Jack. Boa leitura!
Eu tenho um carro,
cigarros e uma garrafa de Jack Daniel's, não preciso de nada além de um bom
blefe para viver. Isso porque ainda tem quem ache que eu preciso de uma casa e
emprego fixo.
Mas é como eu
disse: Eu sou um apostador, e não preciso de nada além de um blefe perfeito.
Estou há quatro
dias dirigindo desde que tive que fugir de Las Vegas. É, eu devo muito dinheiro
pra muita gente, mas como diz aquele velho ditado: devo, não pago e nego
enquanto puder!
Minha fama aos
poucos foi se espalhando, primeiro me chamavam de 'Resteal', pois como sempre
dizia: não é o ladrão que enforcam, mas quem é pego roubando. Mas agora todos
me chamam de Float, que é a minha especialidade no poker. Você pode me chamar
de Jack, não vou me incomodar.
Olhando assim, o
sol se pondo e essa estrada a minha frente, nem parece que estou em fuga, mas
tudo bem, não tenho pressa, eles só vão me procurar amanhã quando eu não for ao
cassino lhes entregar o dinheiro.
Eu já pensei,
melhor dizer eu já tentei levar uma vida diferente, ter uma família. No começo
pareceu que ia dar tudo certo, que eu teria o mesmo que eu pai teve: um bom
emprego, uma boa casa, uma esposa dedicada e filhos.
Trabalhava em uma
empresa de construções civis, me casei com uma colega da faculdade e tivemos
duas filhas, gêmeas.
Era a vida
perfeita, isso claro, até tudo começar a desmoronar...
Descobri que minha
esposa estava me traindo com um de meus sócios, comecei a beber e me afundar em
dividas. Numa dessas noites de bebidas e brigas, ela foi atrás de mim no bar
onde eu me enfiava, ela levou nossas filhas. Brigamos de novo, as meninas
estavam chorando enquanto eu gritava com a mãe delas, peguei as chaves e disse
que ia dirigir.
Até hoje, esse é o
meu maior arrependimento.
Ventava forte, mas
não chovia. Eu e minha esposa continuávamos a brigar, no meio de gritos e
xingamentos eu perdi o controle do carro, sai da pista e batemos em uma árvore.
Eu nunca soube de verdade qual das meninas havia morrido naquele dia.
Desde então tenho
agido assim, fugindo do meu passado. Se acha que está pronto para me acompanhar
seja bem vindo, mas se tem medo daquilo que vou enfrentar assim como eu tenho
sinta-se livre para me deixar seguir sozinho, pois só eu sei os fantasmas que
me aguardam.